A Telecontagem vai custar ao consumidor 0,92 euros por mês durante 20 anos
A telecontagem (a começar algures entre 2010 e 2015) vai custar mais de 220 euros a cada consumidor português, pagos ao longo de 20 anos, por via da tarifa mensal. As contas são da ERSE - Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos, que prevê um sobrecusto médio com a telecontagem de 3,1% nas tarifas, ou seja, um aumento de 0,92 euros/mês face aos valores actuais. Mas que ninguém se surpreenda se na altura da instalação eles peçam mais dinheiro pela “actualização de preços e da inflacção”.
"Este valor médio da factura mensal não considera, porém, os benefícios associados à alteração de hábitos de consumo que deverão gerar uma redução da factura de 0,48 euros por mês", adiantou fonte oficial do regulador ao Jornal de Negócios, concluindo que "com uma redução do consumo de 2%, estimado a partir da consulta pública que realizámos, prevemos um impacto real de 1,7% na tarifa".
Pois claro, tinha que vir esta conversa (habitual) que afinal os benefício são TODOS para os clientes!
(Já ouvi dizer que estes novos contadores fazem massagens, preparam o almoço, até podem servir como ferro de engomar e atados à cintura trabalham os abdominais.)
Portugal e Espanha
E depois, claro, é preciso comparar o que vão fazer os outros países em relação a este assunto. E olhamos para a vizinha Espanha e acontece o óbvio. O Governo de Zapattero também implementar a modernização do sistema de contagem dos consumos. MAS quem vai pagar essa modernização não são os consumidores. São os operadores!! Mas cá no burgo tínhamos de ser diferente.
E percebe-se porquê. Os portugueses têm um ordenado superior aos espanhóis, os automóveis são mais baratos, a gasolina também, o mesmo para os bens alimentares, etc, etc...
Thursday, 6 December 2007
Outra vez Portugal e Espanha
A Telecontagem vai custar ao consumidor 0,92 euros por mês durante 20 anos
A telecontagem (a começar algures entre 2010 e 2015) vai custar mais de 220 euros a cada consumidor português, pagos ao longo de 20 anos, por via da tarifa mensal. As contas são da ERSE - Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos, que prevê um sobrecusto médio com a telecontagem de 3,1% nas tarifas, ou seja, um aumento de 0,92 euros/mês face aos valores actuais. Mas que ninguém se surpreenda se na altura da instalação eles peçam mais dinheiro pela “actualização de preços e da inflacção”.
"Este valor médio da factura mensal não considera, porém, os benefícios associados à alteração de hábitos de consumo que deverão gerar uma redução da factura de 0,48 euros por mês", adiantou fonte oficial do regulador ao Jornal de Negócios, concluindo que "com uma redução do consumo de 2%, estimado a partir da consulta pública que realizámos, prevemos um impacto real de 1,7% na tarifa".
Pois claro, tinha que vir esta conversa (habitual) que afinal os benefício são TODOS para os clientes!
(Já ouvi dizer que estes novos contadores fazem massagens, preparam o almoço, até podem servir como ferro de engomar e atados à cintura trabalham os abdominais.)
Portugal e Espanha
E depois, claro, é preciso comparar o que vão fazer os outros países em relação a este assunto. E olhamos para a vizinha Espanha e acontece o óbvio. O Governo de Zapattero também implementar a modernização do sistema de contagem dos consumos. MAS quem vai pagar essa modernização não são os consumidores. São os operadores!! Mas cá no burgo tínhamos de ser diferente.
E percebe-se porquê. Os portugueses têm um ordenado superior aos espanhóis, os automóveis são mais baratos, a gasolina também, o mesmo para os bens alimentares, etc, etc...
Friday, 5 October 2007
Quer trabalho? Pague!
Nevoeiro em Inglaterra só depois dos 18! E em Portugal?
Monday, 24 September 2007
De Lisboa a Évora são uns euros de distância...
Bem mas a questão é que Lisboa pode ser apenas a ponta do icebergue. Porque na última sexta-feira ouvi o senhor José Ernesto, presidente da Câmara de Évora, afirmar que pretende seguir o exemplo de Lisboa e instalar radares de controlo de velocidade em algumas zonas perigosas da cidade. Para já será apenas instalado o controlo automático de velocidade, mas dentro de seis meses a medida será revista…
Ou muito me engano ou vamos ter afirmações do tipo: “as medidas introduzidas não foram suficientes e blá, blá, venham os radares que precisamos de euros nas contas da autarquia.”
Consta que até quem visitar o templo de Diana a correr terá problemas com as autoridades…
Thursday, 20 September 2007
Rendidos
Sunday, 16 September 2007
Jornalismo onde estás?
Maddie McCann "desapareceu" em Maio na Praia da Luz, em Lagos. Desde aí não há dia em que não tenhamos que levar com uma enxurrada de notícias. Perdão "pseudonotícias" sobre este caso. Todos concordamos que o desaparecimento, ou pior, da criança britânica é preocupante, mas daí a que um simples caso se sobreponha aos restantes assuntos é demais. Os media ingleses começaram, mas a comunicação social portuguesa correu logo atrás. É inadmissível que após cinco meses do desaparecimento de Maddie o assunto continue a ser o tópico de abertura dos telejornais ou de manchetes na imprensa escrita. Se se compreende que assim seja quando há dados novos e relevantes - como a constituição dos pais como arguidos - há que de uma vez por todas sublinhar que 90 por cento do que foi dito até ao momento pelos jornalistas foi fruto de fontes deturpadas, fontes inventadas ou criado pela imaginação de cada um, para alimentar o assunto até - se possível - ao infinito. De acordo com a edição do JN de hoje ( http://jn.sapo.pt/2007/09/16/televisao/pode_o_caso_maddie_visto_como_constr.html) "o caso Maddie" lidera nas estações portuguesas este ano. Foi alvo de 1080 peças que duraram 54 horas. Em segundo lugar, segundo a Mediamonitor, ficam as eleições Intercalares em Lisboa (531 notícias, 23 horas), sucedendo-se a gripe das aves e o escândalo Casa Pia. Na última semana (de 6 a 11), os telejornais dedicaram-lhe 30% do seu tempo. A SIC foi a que mais notícias emitiu. Sem colocar em causa - de modo algum - a gravidade do desaparecimento de uma pessoa, em particular de uma criança, a verdade é que se os media se comportassem da mesma forma para todos os desaparecimentos teríamos um grave problema para resolver. É que segundo os últimos números Mais de 1,2 milhões de crianças são anualmente vítimas de tráfico humano. Em Portugal há pelo menos 8 menores cujo paradeiro é desconhecido. Se cada um destes casos ocupasse 54 horas - como o caso Maddie ocupou - então teríamos qualquer coisa como 432 horas de cobertura televisiva. Que o jornalismo já foi uma causa nobre, informou, educou os cidadãos em alturas muito complicadas e ajudou a ultrapassar barreiras e quebrar censuras, é agora indisfarçável que isso são águas passadas. A partir do momento em que é a Prisa, a Media capital, a cofina ou o Joaquim oliveira a ditarem as regras. Perdão a regra (leia-se dinheiro) o jornalismo não pode resistir. A investigação morreu, a reportagem definhou, o espírito crítico foi comprado pelo poder económico dos senhores/ empresas atrás referidos e a censura está aí. Nem precisa de se esconder por detrás do biombo, porque este governo (português) também estende a mão para ajudar. O novo estatuto dos jornalistas (http://www.portugal.gov.pt/NR/rdonlyres/973C87CD-4759-4A3F-8697-D9A20F01BB38/0/Prop_Estatuto_Jornalista.pdf)- que o PR - rejeitou à primeira (http://csocial.wordpress.com/2007/08/03/cavaco-silva-veta-novo-estatuto-do-jornalista/) acentua ainda mais o que acabei de dizer. Se for mesmo aprovado tornar-se-á no apocalipse do jornalismo português. Mas sobre assunto falarei mais tarde.

