Thursday, 24 April 2008

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This blog is now available in a different address: http://globodossentidos.blogs.sapo.pt/ Este blogue está agora disponível noutro endereço: http://globodossentidos.blogs.sapo.pt/

Saturday, 12 April 2008

Recibos verdes na Luz

Tenho uma sugestão para os dirigentes do Benfica: rescindam o contrato com todos os jogadores e contratem novos jogadores a recibos verdes!! Pode ser que aquilo na Luz fique melhor, porque, neste momento, até mete dó. E na quarta-feira é o dia dos coitadinhos. Sporting e Benfica encontram-se em Alvalade para a Taça de Portugal. Qual deles - Leões ou Águias - estão a jogar pior? Coitados dos adeptos dos clubes da segunda circular.

Friday, 11 April 2008

Búfalos na RTP

Muito se disse nos últimos anos sobre a qualidade e critérios editoriais da RTP. O fecho do Jornal da Tarde de hoje é mais um dado comprovativo. Em causa um vídeo amador, registado no Parque Kruger, sobre a revolta de uma manada de búfalos após o ataque de vários leões a uma cria dos búfalos. O vídeo é interessante e comprova que até na vida animal nem tudo é o que era. Muito grave é a estação de (eventual) serviço público ter utilizado este vídeo e tentar transformá-lo em novidade – em notícia. O vídeo foi inserido no YouTube a 3 de Maio de 2007, ou seja, há praticamente um ano. Que este tivesse passado ao lado dos (pseudo)jornalistas da RTP não me surpreenderia, mas como se constata através de uma simples pesquisa na internet as imagens foram difundidas por vários canais de televisão e a situação foi alvo de vários artigos, em jornais de todo o mundo. Recordo aos génios da televisão RTP – sigla que pode significar ‘Republicação em Televisão Portuguesa’ – algumas definições de notícia: ser notícia: ser novidade; estar em destaque. Pode ser que nos próximos tempos evitem transformar factos com meses (ou anos) em notícia. Igualmente grave é que isto não acontece apenas na RTP. Também acontece na TSF. E assim vai o jornalismo em Portugal.

Thursday, 10 April 2008

Hoje há palhaços

Não percebi hoje, nem ontem. Comecei a perceber há muitos anos porque desprezo e odeio a classe política. Porque de cada vez que pedem para apertar o cinto é apenas a bolsa deles, e dos amigalhaços que os rodeiam, que engrossa. Começo a ter dificuldade em encontrar palavras para descrever as atrocidades que directa ou indirectamente foram infligidas ao povo português pelos detestáveis políticos. José Miguel Júdice lá encontrou mais um tacho com os camaradas socialistas – ainda há pouco tempo era bastonário da ordem dos advogados – e apresentou o plano da nova sociedade (mais uma) para a requalificação da frente de Lisboa. E entre as várias propostas do plano surge uma que, no mínimo, deve ser classificada de indecente: Um espectáculo de fogo-de-artíficio e som em frente ao Mosteiro dos Jerónimos para comemorar o centenário da República e que custará a módica soma de 5 milhões de euros. É por atitudes destas que Portugal está na lama. É por causa destes esbanjamentos que coram de vergonha os milhares que suplicam por um emprego, agoniam milhões em situação precária e com dificuldade ou, em muitos casos, impossibilidade de pagar as contas mensais.

Wednesday, 9 April 2008

Recibos Verdes, Ministros, Alentejo e a PORRA

Tenho orgulho no país onde nasci e sempre que alguém, aqui no estrangeiro, onde agora habito, me pergunta de onde sou digo-o como se dissesse o meu nome. Faço questão de vincar o nome Portugal, pronunciando-o de um modo claro, repetindo-o, se entender necessário. E coloco-me em bicos de pés quando menciono o nome Alentejo, porque sou alentejano e faço questão que toda a gente o saiba. Em Lisboa, Londres ou Hong Kong, mesmo que desconheçam a região. Preocupo-me em dá-la a conhecer, pelas melhores palavras que possuo no meu vocabulário. Empresto à minha imaginação a capacidade de encontrar um processo que permita a quem me ouve sentir a textura de uma fatia de pão alentejano, o aroma dos vinhos tintos, do paladar dos queijos e azeite ou apenas a sensação indescritível de contemplar a planície e recebam o calor do sol tórrido, da humildade e do acolhimento dos alentejanos. Mas sou filho da geração verde. E quando, dia após dia, oiço, vejo, assisto a um desfile de corta-fitas, engravatados – infelizmente eleitos – irresponsáveis, idiotas, políticos, sinto - por instantes - uma enorme vontade de voltar a Portugal para começar ou participar num movimento de limpeza do país. Como filho da geração verde – sinónimo para precariedade, vergonha, pobreza, escravidão ou na sua forma mais simples e popularmente reconhecida: recibos verdes – repulsa-me ouvir gente que, deveria (sei que não conhecem o significado da palavra) ter responsabilidade para contribuir para a eliminação deste flagelo que directamente afecta perto de um milhão de portugueses, na maioria, jovens. Eu fiz parte deste número até ao momento em que decidi soltar o grito do Ipiranga, deixar o emprego que ocupava há vários anos e com um ordenado ridículo que nem tenho coragem de contar aos meus melhores amigos. E é devido àquilo que vi, num tempo em que sobrevivi, e sofri que tomei, há alguns meses, a decisão – nunca fácil – de sair do país. Sei o que estou a perder por estar fora da minha região. Mas também reconheço o que me esperava se tivesse ficado. A cada vez que oiço as palavras “recibos verdes” conjugadas recordo-me do trauma que as mesmas me provocaram e (ainda) provocam. Não obstante estar longe de Portugal é inevitável ficar indiferente quando vejo o Ministro do Trabalho e da Solidariedade Social, Vieira da Silva, afirmar que os recibos verdes “em alguns casos são utilizados de forma excessiva”. Muito mais grave é quando acrescenta que “a sociedade tem de se mobilizar para resolver este problema”. E é aqui que chego à parte em que este alentejano deixa o texto floreado, o vocabulário equilibrado ou a sintaxe correcta para optar por um vocábulo simples, exemplificativo do sentimento provocado após a recepção pela massa cinzenta que em mim habita: PORRA! Mas não é a este gajo - que recebe um ordenado chorudo, tem ajudas de custo (estes políticos têm mesmo custos) de realeza, é rodeado de adjuntos, assistentes, assessores e outras espécies semelhantes sem que nenhum ministro sobrevive -, não é a este senhor que o líder da tribo Sócrates entregou a responsabilidade civil, moral, política de resolver o problema. “A sociedade” que resolva o problema? PORRA, mas quem é quem tem o poder legislativo, político e executivo? Somos nós – A sociedade – ou é o senhor ministro? E é neste momento que percebo que o meu país, do qual me orgulho, não merece um tratamento tão medíocre e sofrível que coloca em causa o passado e, gravemente, o presente e o futuro.

Tuesday, 8 April 2008

Acordo ortográfico

Escreveu alguém no dia 1 de Abril (dia das mentiras) que o Brasil tinha abandonado o português como língua oficial e tinha adoptado o brasileiro. Aqui, o autor do texto cria uma discussão abrsurda (seguida por comentários ainda mais absurdos), mas que porventura revela a vontade e desejo de algumas pesssoas no Brasil e em Portugal. E para o autor do texto digo: I don't care if you will not understand what i'll write next, but I will write in Portuguese! 'cause Portuguese is my language. E a discussão à volta do acordo ortográfico não faz qualquer sentido. A língua é móvel e não é porque existe um acordo ortográfico que a língua viajará imperativamente neste ou naquele sentido. São os falantes que moldam a língua. No que a mim me toca, depois de ter lido com atenção o artigo, deixei o seguinte comentário:
O inglês falado e escrito no Reino Unido é muito diferente do que se escreve nos Estados Unidos, Austrália ou qualquer outro país onde o ingês é a língua oficial. Já alguém ouviu os australianos dizerem que falam australiano??? Ou os americanos dizerem que falam americano??? A língua é o inglês. Ponto final. Em Portugal, no Brasil, Moçambique, Guiné-Bissau, Angola, Cabo Verde, São Tomé e Princípe e Timor a língua OFICIAL é o Português. Além disso fala-se também português em Macau e na Índia. O português é a 5a língua mais falada do mundo. Acho que todos os que falam português, seja ele português europeu ou sul americano ou africano ou asiático deviam orgulhar-se de falar a 5a língua mais falada do mundo. Eu tenho imenso orgulho em falar português. Viva onde viver irei sempre ser um falante de português.

Monday, 7 April 2008

Transparência (de carvão)

Folha Transparente 1: Jorge Coelho vai presidir à Mota-Engil depois de ter (enquanto ministro das obras públicas) entregue à construtora contratos de mil milhões de euros. Folha Transparente 2: Martim Avillez Figueiredo, director do "Diário Económico" será nomeado director da Sonae SGPS. E assim vai o belo Portugal virado para o seu umbigo e para o umbigo do seu primeiro-ministro, mas que vê a sua imagem no exterior cada dia mais associada a factores negativos como pobreza ou corrupção, como, por exemplo, a reportagem da televisão do Qatar, Al-Jazeera, descreve.

Friday, 4 April 2008

Mugabe

O Zimbabwe nunca foi um paraíso, muito menos um paraíso fiscal. Pelo menos para o povo. O seu presidente e o seu partido sofreram no último fim-de-semana uma derrota significativa que pode ser ainda duplicada se Mugabe perder a presidência.
Cinco dias após as eleições gerais – presidenciais, legislativas (câmara baixa do Parlamento e Senado) e locais - a Comissão Eleitoral ainda não publicou os resultados no que à Presidência diz respeito, numa corrida a dois - opõe Mugabe ao líder do MDC, Morgan Tsvangirai.
E como era de esperar, Mugabe - no poder há 28 anos - não parece disposto a abandonar e, também como se esperava - aliás o normal em eleições em vários países de África - o presidente começou a preparar-se para se manter a sua ditadura a todo o custo.
As primeiras vítimas: os jornalistas, ocidentais, claro. Os espiões, na linguagem de Mugabe. Dois dias antes do processo eleitoral, o ministro da Informação, Sikhanyiso Ndlovu, deu a primeira nota. "O Governo não iria tolerar propaganda imperialista”, argumentando que alguns órgãos de comunicação ocidentais haviam instalado no Zimbabué “equipamentos sofisticados de difusão (…) e outros dispositivos de espionagem através da Internet”. Sabendo que Mugabe não iria largar facilmente o poder muitos cidadãos apressaram-se a cruzar as fronteiras para a Zâmbia, Moçambique, Botswana ou África do Sul.
No poder há 28 anos, Mugabe, de 84 anos, tem asfixiado o povo, ora à custa de direitos humanos, ora à custa do poder económico. Tanto que no último ano a inflação no país atingiu os 100,000 por cento. Escrevi correctamente: cem mil por cento. Ocupa o primeiro lugar do mundo, bem longe dos 60 por cento do Iraque.
Por exemplo: uma refeição num restaurante em Harare custa cerca de 127 euros!
Um pão custa 1 milhão de dólares = 21 euros!
E o preço do frango, por quilo, ronda os 15 milhões de dólares zimbabuanos, ou seja, a módica quantia de 319 euros!!! Isto num país, onde o PIB per capita (dados CIA 2006) é de 1,33 euros. E num país onde a taxa de desemprego é de 80 por cento. As perguntas que se impõem são: como (sobre)vive este povo e Mugabe até quando?
Na foto o pagamento de um jantar em 6 milhões de dólares zimbabuanos (127 euros)

Thursday, 3 April 2008

Violência nas escolas

O Procurador-geral da República insistiu hoje na tese que a violência na escola está a aumentar e a subir de tom. Disse hoje Pinto Monteiro que "há alunos que vão armados para a escola com armas 35mm e 9mm, para já não falar de facas que são centenas". O PGR afirma que isto acontece com alunos de 6 ou mais anos e que muitas vezes são os pais que incentivam os filhos a seguirem armados para a escola. "Os pais dizem aos filhos: para te defenderes leva a minha pistola".
Ora quando se diz que Portugal está atrás na UE, que é dos mais pobres é mentira. Estamos ao nível dos "melhores". Nos EUA isto é o pão-nosso de cada dia. Qual é o espanto?
Diz ainda o PGR: "não me digam que isto era uma coisa que existia antigamente".
Claro que não era senhor Procurador. Antigamente os professores eram corridos mas à pedrada e à fisgada! Agora os tempos são modernos tem de ser com armas. Porventura daqui a 20 anos os alunos já entrarão para as aulas com bazucas, lança morteiros e granadas. E os pais, em casa, já terão acesso a mísseis anti-professores.
Por isso só vejo quatro soluções:
1) Instalar pórticos detectores de metal na entrada das aulas e das escolas e talvez o saquinho para os líquidos, como acontece nos aeroportos.
ou
2) Professores e alunos separados por vidros blindados
ou
3) Instalar os professores em bunkers, sem contacto com os alunos
ou
4) Simplex!
Acaba-se com as aulas reais e criam-se as aulas virtuais. As escolas estão a ser equipadas com equipamento informático e internet de banda larga. O governo está a financiar portáteis para os alunos, portanto casa um em suas casas, e os professores ficam longe de qualquer acto de violência. Física, pelo menos.

Wednesday, 2 April 2008

Carolina Michaelis - Agressão?

Já estou cansado de ouvir este nome Carolina Michaelis. Além de ser um nome horrível, que soa a emigrante pimba, a sua repetição durante as últimas semanas em tudo o que é jornal, televisão e rádio deixou-me zonzo.
Indigna-me que se faça tanto alarido com um puxar de braço da aluna à professora. Até o PR ficou "chocado".
Quantas professoras não foram para casa com hematomas nos últimos anos?
E parecia que a escola portuguesa era um paraíso. A única diferença deste caso para os restantes é ter sido filmado e reproduzido na internet. Tudo o resto é igual a dezenas, quiçá, centenas de outros casos.
Mas se acham que o caso desta jovem de 15 anos (agora massacrada pela sociedade e vista como uma assassina) é grave, o melhor é a professora não se queixar.
Porque se fosse docente nos Estados Unidos: Um grupo de nove crianças, com idades entre os 8 e os 9 anos, planeou a morte da professora, nos Estados Unidos. A polícia da Geórgia encontrou na posse dos alunos facas de cozinha, cabos eléctricos e algemas , que seriam usadas no ataque à professora. As crianças planeavam uma vigança porque a professora terá repreendido um dos alunos por estar em pé numa cadeira.
Por isso Srs Professores não falem muito, porque afinal um empurrão não é nada se o compararmos a este acto ou intenção de alunos de 8 e 9 anos!
Os professores tugas são mesmo passarinhos.

Elefantes brancos e coloridos

Não costumo falar de futebol, mas agora aí vai uma reflexão sobre o Euro 2004.
Euro 2004? Perguntará o leitor. É verdade. Vai perceber porquê.
Agora que (quase) passam 4 anos sobre o Euro já era tempo de alguém vir admitir os milhões de euros que o país está a pagar à custa da megalomania. Não está em questão a realização do Euro 2004, mas da construção de 8 estádios e renovação de mais 2 (Bessa e Guimarães). Dez estádios no total.
Neste momento existe uma manada de elefantes brancos, aliás, coloridos, já que os estádios são bastante coloridos.
Começo a chamar a manada de elefantes pelo sul:
1- O Estádio Algarve foi o primeiro elefante a nascer, porque ainda antes de estar concluído já se sabia que a sua utilização iria, futuramente, ser praticamente nula.
Por ano realizam-se - além dos jogos do Louletano que está numa divisão secundária (2a nacional) dois ou três acontecimentos que exploram, de facto, na sua plenitude as vantagens de um estádio com aquelas características: um jogo da selecção, automobilismo e, porventura, um festival de música no verão.
2- Encontramos o segundo elefante em Leiria - Um erro crasso. No antigo estádio as assistências aos jogos eram baixas, mas agora são rídiculas. Há jogos da União de Leiria com 500 espectadores. Nem nos jogos dos grandes há lotação esgotada. Se três vezes por ano - com Benfica, Sporting e FC Porto - o recinto é utilizado para os fins para que foi construído, no resto do ano está - como se diz em linguagem popular - "às moscas".
Mas o Leiria vai descer de divisão, o seu presidente e pilar do sucesso passado - sabe-se lá com que meios - está a contas com a justiça e no próximo ano - e nos próximos - pela liga secundária ficará. E aí o Estádio não estará apenas "às moscas", mas "a todos os insectos". E será preciso usar muito replente evitar uma epidemia em todo o estádio.
3- Aveiro - Erro de Leiria repetido. As assistências do Beira-Mar são, é verdade, superiores às do estádio de Leira. No entanto, era prevísivel que agora faltassem fundos para a sua manutenção, como faltam em todo o lado. Agora nem há dinheiro para substituir o que resta do relvado. E o clube, claro, atolado na liga de honra.
4- Construir 3 estádios em três distritos tão próximos geograficamente - de Leiria a Aveiro são 120kms -, já se sabia, foi uma burrice.
5- O pior é que a manada ameaça reproduzir-se. Se, eventualmente, os factores se conjugarem e o Boavista for punido com descida de divisão - pelo que o clã Loureiro terá engendrado no clube. E se a desgraça atingir a Académica, que tenta a todo o custo salvar-se da despromoção.
Se isto acontecesse ficávamos com cinco clubes com estádios do Euro a ser utilizados a um nível superior: Benfica, Sporting e FC Porto, Guimarães e Braga. Todos eles rentáveis e que mais cedo ou mais tarde vão pagar-se por eles próprios. Se a catástrofe não chegar a Coimbra e ao Bessa serão apenas três os elefantes.
Mas nessa selva que é o futebol português - sobretudo quando se fala de dirigentes -não ouvi ninguém dizer que no Euro 2008 tudo será diferente com bastante menos dinheiro:
1- Dois países organizadores (Áustria e Suíça)
2- Oito estádios
3- Apenas dois construídos para o Euro: Áustria - Klagenfurt - Wörtherseestadion e Suíça -Bern - Stade de Suisse Wankdorf
4- PIB de Portugal 2007 $19,800
PIB da Áustria 2007 $34,600
PIB da Suíça 2007 $34,600
Mas em Portugal tudo está bem, porque enquanto o bolso do contribuinte tiver umas moedas continuará a construir-se à grande e à portuguesa.

Tuesday, 1 April 2008

Jornaleiros

Estava eu a assistir ao Telejornal e eis que lá surge mais um daqueles (muitos) jornalistas ou jornaleiros de grande (duvidosa) qualidade a que a estação pública continuar a dar emprego. Num directo de Paços de Brandão, Santa Maria da Feira, reportando-se a um assassínio e suícidos ocorridos nessa manhã. Um empresário da restauração alvejou com tiros de caçadeira a mulher, na residência de ambos, matando depois o cunhado num restaurante. Diz o jornalista - cujo nome vou aqui omitir - que "o empresário após ter alvejado a mulher, pegou no carr, viajou 1km onde foi encontrar o cunhado num restaurante, alvejando-o em seguida, num cenário de alguma violência". Pergunto eu. De alguma violência? Quer dizer que despachar duas pessoas a tiro de caçadeira é alguma violência??? E se fosse só uma pessoa era o quê? Beijinhos e abraços??? Enfim, cada um (canal) tem aquilo que merece.

(H)ora diga lá para que serve isto...

Este fim-de-semana voltámos a cumprir esse ignóbil, absurdo e estúpido ritual da mudança de hora. Já li várias explicações, mas nenhuma me convence da sua utilidade ou benefícios. Em termos meramente "legais" a explicação é a seguinte:
"A mudança da hora deve-se a uma directiva comunitária que determina que os países da União Europeia devem entrar na hora de Verão no último domingo de Março e adoptar a hora de Inverno no último domingo de Outubro, independentemente do fuso horário em que se encontrem.", in Público. E assim duas vezes por ano lá andámos nós atarantados durante 23 horas, até que nos apercebamos, de facto, que já estamos noutro fuso horário. No fundo é como se tivéssemos viajado para outro país, mas sem sair do mesmo local. E durante esse domingo - ou antes na madrugada - lá andamos a correr pela casa a acertar os 20 relógios. É o do pulso, é do hi-fi, é o do dvd, é da parede, enfim. Só não se acerta o do computador que já para isso está programado.
Porque se continua a repetir esta estupidez duas vezes por ano? Será para haver motivo de conversa na véspera ou durante as horas seguintes? Como quem fala do tempo com um desconhecido na paragem de autocarros ou no elevador? Mas em vez de dizer "amanhã parece que vai chover", questiona o outro - 'Por acaso tem horas que me diga?'. "Olhe, são 2h30." A que o outro interroga: "Mas isso é na hora antiga ou da hora nova?" É uma tripla estupidez. 1a e 2a o facto de se mudar duas vezes por ano e, depois, o facto de se atrasar/adiantar o relógio à 1 da manhã. Não podia ser ao meio-dia ou às 10 da manhã. Tinha de ser de madrugada! Se o atraso dos ponteiros em Outubro nos faz ficar ainda mais deprimidos, quando o tempo solar já é, por si só, mais reduzido, por outro lado o adiantar dos relógios faz-nos ficar mais felizes, porque afinal pensamos que ganhámos mais qualquer coisa.
Sou totalmente contra esta ideia incongruente de estar sistematicamente a brincar ao tempo. Será para dar a sensação que, afinal, temos o poder de controlar o tempo? Ou será apenas por teimosia? Ou estupidez? Hoje, pela primeira vez após a mudança de hora, lá fui praticar 75 minutos de exercício físico. E fiquei surpreendido com a quantidade de pessoas que encontrei a praticar exercício físico. E o facto é muito simples. É que para quem tem um horário laboral 9h-5h30 ou algo similar este horário é potenciador de maior actividade física. Alguém sente motivação para, após sair do emprego já de noite, ir para a rua praticar seja o que for? Se lá fora a luz natural persistir é muito mais cativante. Quando se fala na sociedade actual que uma larga maioria não pratica desporto, talvez valesse a pena pensar duas vezes antes de andar a brincar ao tempo.
Além disso, encontrei artigos que ligam o horário alargado de dia sol a maior produtividade e actividade, mais consumo, melhor humor, maior propensão à prática de desporto e menor risco de acidentes de viação. Se a isto juntarmos a redução do consumo de energia eléctrica - e os custos nos softwares e actividades que dele dependem - seria suficiente para terminar esta brincadeira de putos.

O dia do Sócrates

Hoje é dia das mentiras. Para muitos portugueses este dia já é sinónimo de José Sócrates.
Eu discordo, porque o homem fez mais do que suficiente para ter mais do que apenas um dia em sua homenagem. Com as mentiras que já contou em três anos aos portugueses talvez um mês fosse o indicado para o homenagear! Sócrates ainda não está no top 5 das mentiras das maiores mentiras do mundo, mas para lá caminha a passos largos.
Aqui está uma forma de identificar os mentirosos.

Monday, 31 March 2008

IVA(i) Um!

E pronto! Está aberta a campanha para as legislativas. É que o anúncio da descida do IVA de 21 para 20 por cento não é nada mais que uma medida populista. As empresas vão aumentar a margem de lucro, porque os preços vão ficar exactamente na mesma. O consumidor, o cidadão comum não vai lucrar nada com isso. É preciso que se note. E continua a ser das taxas mais altas da União Europeia, só mesmo ultrapassada pelos escandinavos: Suécia e Finlândia e igualada pela Finlândia e Polónia. Podem confirmar aqui: http://europa.eu/abc/travel/shop/index_pt.htm As taxas de IVA mais baixas da UE são o Chipre (15), Espanha (16) e Reino Unido (17,5). Qualquer um destes países tem um salário mínimo superior ao de Portugal Resta dizer que nesses países os ordenados mínimos são: Chipre: (€610), Espanha (600) e Reino Unido (€1220). Em Portugal é 426 euros! Meio milhão vive com recibos verdes. 100 mil estão à beira do abismo, sem dinheiro para pagar empréstimos de casas e carros Mas se um dia eu acordar e ouvir os governantes deste país tudo está cor de rosa. Estamos em Abril. Mais dois meses começam as férias, a praia e volta tudo em Setembro para a campanha eleitoral. A grande vitoriosa nas eleições será a ABSTENÇÃO. Eu sou um dos seus apoiantes. É que se o que lá está é mau, o outro que quer o poleiro é tão mau ou pior. E por isso meus amigos, vamos continuar a afundar-nos. Não é pessimismo. É realismo. Resta (des)esperar pelo euromilhões

Sunday, 30 March 2008

Em que mundo vivem os senhores deste (des) Governo?

Estava eu aqui no meu cómodo sofá, a divagar pela internet, quando encontro umas declarações que deixam de boca aberta.

E passo de imediato a citar:

Segundo Mariano Gago, são «quase nenhumas» as pessoas que, concluindo o ensino superior, não conseguem colocação no mercado de trabalho um ano volvido sobre o final do curso. «As pessoas que ao fim de um ano não encontraram emprego são quase nenhumas em Portugal, quando têm o ensino superior. Quando não têm, aí sim a dificuldade de arranjar emprego é normalmente maior», frisou.

Mas estes gajos estão a gozar com quem? Comigo? Ou com aqueles que estão em casa sem trabalho? Ou que estão a limpar escadas? Ou a arrumar pratelerias de supermercados? Depois de terem gasto centenas de horas a estudar, a gastar milhares de euros na universidade? É destas pessoas que o senhor ministro está a falar??

Porra! Que venha um 25 de Abril depressa para Portugal que esta gente nem comida devia ter. Cada vez estou mais farto de ouvir estes políticos que chupam, de toda a maneira, o dinheiro do país.

Há dois países. O Portugal dos Sócrates e afins e o Portugal real. Infelizmente eu vivo no Portugal real.

25 de Abril outra vez!

Porra já chega!! Metam-se a andar!

Tuesday, 18 March 2008

Não é alentejano quem quer!

Hoje deixei aqui um excelente texto cujo autor desconheço e que retrata de uma forma quase perfeita o que é ser Alentejano. Porque não é Alentejano quem quer! O Alentejo é um mundo...de prazer. Nota: Para ler melhor basta clicar nos excertos de texto, assim "postados" para dificultar a cópia.

Monday, 18 February 2008

Dia da preguiça

Porque hoje é segunda-feira e a preguiça é muita e porque o texto que se segue tem piada e é actual, começo a semana com uma anedota.

Um dia Sócrates morreu. O conselho de ministros reuniu-se para decidir onde seria enterrado. Um ministro sugeriu: - Deve ser enterrado em Vilar de Maçada. Afinal, é a terra natal dele. Então um bêbado, que não se sabe como, entrou na reunião, disse com aquela entoação típica dos ébrios: - Em Vilar de Maçada pode... Só não pode em Jerusalém!!! Como estava naquele estado, ninguém lhe deu atenção.

Um segundo ministro disse: - Acho que deve ser na Covilhã, onde viveu e fez carreira política. O bêbado mais uma vez interveio: - Na Covilhã pode... Só não pode em Jerusalém!!! Novamente, ninguém lhe deu ouvidos.

Um terceiro ministro finalmente sugeriu: - Nem em Vilar de Maçada nem na Covilhã. Deve ser enterrado em Lisboa, pois era o Primeiro-Ministro e todos os Primeiros ministros devem ser enterrados na Capital. E o bêbado novamente: - Em Lisboa pode... Só não pode em Jerusalém!!! Aí, perderam a paciência com o impertinente: - Porquê esse medo de Sócrates ser enterrado em Jerusalém? E o bêbado respondeu: - Porque uma vez enterraram lá um tipo e ele RESSUSCITOU!!!

Saturday, 16 February 2008

Matreiro

Lembra-te que não podes ser demasiado honesto, nem demasiado correcto. Porque se fores assim há sempre quem se aproveite. Por vezes tens de ser uma raposa. Matreiro. Eu infelizmente esqueci-me...(
pensamento do dia, by me) PS. Como uma vez me contou um professor de algo que a mãe dele lhe dizia desde pequeno: "Guest are like fish. They stink after the 3rd day"

Tuesday, 12 February 2008

Downloads para que vos quero?

Gordo (n) Brown e os seus colegas preparam-se para lançar um feroz combate aos downloads ilegais. Aqui está o resumo desta notícia (http://tek.sapo.pt/4M0/807426.html) mas eu recortei o último parágrafo porque acho que vale a pena ler:
"O projecto legislativo inglês, que deverá ser apresentado no Parlamento já na próxima semana, está bastante próximo das recomendações apresentadas, durante o ano passado, pela comissão Olivennes, liderada pelo CEO da Fnac, Denis Olivenne, ao governo francês do Presidente Sarkozy."
É mais do que óbvio que só incomoda estes senhores que cobram preços exorbitantes pelos dvds, cds, livros e afins.
É por isso também que músicos como os Radiohead ou Manu Chao optaram por lançar o álbum apenas na net e borrifaram-se nas editoras.
E é com a pressão destes "chupistas" que o Gordo (n) Brown quer levar o projecto adiante.
Aposto que os ingleses que viveram 10 anos de glória com Tony Blair já começam a sentir saudades do ex primeiro ministro. É verdade que se tramou ao aliar-se ao maluco do Bush, mas todos cometem os seus erros.
Voltando à net, que sentido faz ter velocidades de 2, 4, 6 ou mais Mb se não é para fazer downloads? PAra isso volta-se aos 512kbs que chegam perfeitamente para abrir e fechar páginas da net. Sim porque a maior ainda não tem conteúdo áudio ou vídeo.
Se fosse feita uma sondagem aposto que mais de 90 por cento das pessoas que utilizam a internet já fizeram downloads ilegais.
Sim, não estou a falar apenas de filmes ou músicas. Basta copiar uma frase ou foto sem autorização de um qualquer site e já estamos a falar de acto ílicito.

Monday, 11 February 2008

Alentejo e Castro Verde

Um blogue http://casa-das-primas.blogspot.com/com vários motivos de interesse. Sobretudo para quem adora o Alentejo, a sua cultura e o seu povo. O Baixo Alentejo é fabuloso.
É preciso descobri-lo.
Sugiro uma visita à vila de Castro Verde.
Além de gente simpática, pode visitar-se uma povoação atraente e que não tem fugido à modernidade sem, no entanto, esquecer o seu passado.
Das FABULOSAS (esta palavra até é um adjectivo curto demais para esta delícia) queijadas de requeijão (bem melhores do que as famosas queijadas de sintra). Estas têm nome , as de Castro Verde têm gosto.
Em Castro Verde bebe-se bom vinho, come-se excelente comida e até a noite (de sábado) é das melhores do sul do país.
Vale mesmo muito a pena lá ir.
Em breve irei colocar mais uns dados adicionais sobre Castro Verde.
A foto acima pertence ao blogue também acima referido e é uma das fotos antigas desta vila.

Toca a baixar!

A Comissão Europeia lançou um ultimato às operadores de telefone móvel da União: ou baixam os preços das SMS e das ligações móveis à Internet quando os utilizadores viajam no estrangeiro ou irá actuar severamente. Isto terá de ser feito antes de 1 de Julho. Como se sabe desde o ano passado que as operadoras foram obrigadas a reduzir os preços exorbitantes do roaming dentro do espaço único europeu. Agora uma efectuar uma chamada custa 59 cêntimos/minuto e receber no estrangeiro uma chamada custa 29 cêntimos/minuto. Mas se antes uma SMS custava 20 cêntimos agora custa 50 cêntimos.
A comissária Viviane Reding explicou que "o custo dos serviços de dados no estrangeiro deve ser o mesmo que é cobrado no mercado doméstico, ao qual acresce uma taxa mínima adequada ao custo de utilização da rede do operador do país onde o utilizador se encontra".
Os consumidores agradecem.
Acrescentou ainda a comissária: "o objectivo final é fazer com que mandar uma mensagem de texto ou um email de outro país da UE não seja muito mais caro do que fazê-lo a partir do próprio país, caso contrário não será possível falar num mercado único europeu."
"Mercado único europeu". Parece-me de fino recorte esta expressão e então eu pergunto.
O que vamos ter a seguir? Um mercado único europeu de impostos, de preços generalizados dos bens? Vamos ter em Portugal os mesmos salários que o resto dos parceiros europeus? Será?
AH porra! Estava a sonhar acordado. Isso não vai acontecer.

Sunday, 10 February 2008

Os Trapalhões

Sócrates remodelou o Governo e despachou o "violentado" Correia de Campos, depois de dias e noites de contestação. A pedido do próprio disse o PM. Como se alguém acreditasse..
Mas já hoje a nova ministra da saúde aceitou (ou será que demitiu?) o presidente do INEM.
"O pedido de demissão do presidente do INEM foi apresentado no final desta semana e foi agora aceite pela ministra Ana Jorge." Fonte: http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Politica/Interior.aspx?content_id=79857
Será que o presidente do INEM teve pena de Correia de campos e decidiu sair ou sai porque divide as culpas das trapalhadas com o ex-ministro da Saúde? Ou porque Luís Manuel Cunha Ribeiro e Ana Jorge não são propriamente amigos...?
Mais dia menos a verdade será conhecida. Esperemos por ela.
E a verdade é que já se formam bolsas de apostas para acertar no próximo a deixar Sócrates por vontade deste ou vontade própria.
Eu pessoalmente aposto que será feita "justiça" e que o próximo a cair será o director nacional da PJ. Porque depois de ter dado uma machadada final no caso Maddie, Alípio Ribeiro, só tem um saída. E passe a pleonasmo a saída é sair. Porque como se admite que este responsável e magistrado possa ter uma afirmação destas "«houve uma certa precipitação» ao constituir arguidos Kate e Gerry Mc Cannn. «Neste momento, a esta distância, e com a experiência que tenho como magistrado do Ministério Público, talvez devesse ter tido outra avaliação».
Exactamente senhor director com a experiência que tem como pode dizer o que disse?
Se não se compreendem estas afirmações como se pode aceitar a cobertura política do Ministro da Justiça, Alberto Costa?
Porventura a seguir a um destes dois seguir-se-á o ministro das Obras Públicas.
É que se Mário Lino resistiu depois de ter engolido dois enormes sapos: do deserto a sul do Tejo e do Aeroporto de Alcochete nunca, agora teve de vir contrariar o pomposo anúncio de Sócrates sobre a localização da terceira travessia do Tejo.
E aqui temos um belo trio para demitir: Alípio Ribeiro, Alberto Costa e Mário Lino. Venha o diabo (Sócrates) e escolha!

Thursday, 6 December 2007

Outra vez Portugal e Espanha

A notícia é de hoje. É fresquinha. Depois (de ontem) dos 5 cêntimos em cada! saco plástico nas compras do hipermercado aí vem mais um rombo às finanças dos portugueses. A EDP prepara-se para substituir os velhos contadores por novos, modernos, digitais que permitem a leitura à distância. No fundo serve para poupar muito dinheiro à EDP que deverá aproveitar para despedir os cobradores que costuma bater a algumas portas para medir a contagem da luz. A Telecontagem vai custar ao consumidor 0,92 euros por mês durante 20 anos A telecontagem (a começar algures entre 2010 e 2015) vai custar mais de 220 euros a cada consumidor português, pagos ao longo de 20 anos, por via da tarifa mensal. As contas são da ERSE - Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos, que prevê um sobrecusto médio com a telecontagem de 3,1% nas tarifas, ou seja, um aumento de 0,92 euros/mês face aos valores actuais. Mas que ninguém se surpreenda se na altura da instalação eles peçam mais dinheiro pela “actualização de preços e da inflacção”. "Este valor médio da factura mensal não considera, porém, os benefícios associados à alteração de hábitos de consumo que deverão gerar uma redução da factura de 0,48 euros por mês", adiantou fonte oficial do regulador ao Jornal de Negócios, concluindo que "com uma redução do consumo de 2%, estimado a partir da consulta pública que realizámos, prevemos um impacto real de 1,7% na tarifa". Pois claro, tinha que vir esta conversa (habitual) que afinal os benefício são TODOS para os clientes! (Já ouvi dizer que estes novos contadores fazem massagens, preparam o almoço, até podem servir como ferro de engomar e atados à cintura trabalham os abdominais.) Portugal e Espanha E depois, claro, é preciso comparar o que vão fazer os outros países em relação a este assunto. E olhamos para a vizinha Espanha e acontece o óbvio. O Governo de Zapattero também implementar a modernização do sistema de contagem dos consumos. MAS quem vai pagar essa modernização não são os consumidores. São os operadores!! Mas cá no burgo tínhamos de ser diferente. E percebe-se porquê. Os portugueses têm um ordenado superior aos espanhóis, os automóveis são mais baratos, a gasolina também, o mesmo para os bens alimentares, etc, etc...

Friday, 5 October 2007

Quer trabalho? Pague!

A fechar esta semana um best-of de Portugal. Não, não se trata de mais uma notícia do sócrates, nem de mais uma derrota do Benfica. Nem sequer do murro do scolari.
Quando o fim de semana é prolongado falo de...trabalho!
Andava eu pela net, quando encontrei um belo de um anúncio...
Diz assim o dito:
(sublinhei as melhores partes e os comentários a vermelho são meus)
Jornalista de tv Produtora de televisão com programas diários procura jornalista de tv Empresa: Companhia de Ideias (www.companhiadeideias.com; site incompleto, em remodelação) Local: Lisboa Condições: Recibo verde; full-time (claro que só podia ser recibo verde. Existe alguma empresa em Portugal que conheça as leis do trabalho ou sequer o que é um contrato. Claro que não querem saber. Livram-se do peso de um contrato e as férias, subsídios e tudo o mais que um contrato implica) Exige-se: formação superior em Jornalismo ou Comunicação Social – vertente audiovisual; disponibilidade total (claro que sim, com as fantásticas condições de recibo verde nem podia ser de outra forma. só falta dizer 24 horas por dia); residência na Grande Lisboa; experiência de pelo menos 6 meses (pode ser de estágio curricular) (até pode ser experiência do mccdonald's, desde que trabalhe de sol a sol) Objectivos: integrar uma equipa e participar activamente na produção de peças televisivas Características: idade inferior a 27 anos (óbvio. depois dos 27 ninguém sabe trabalhar) ; conhecimentos de elaboração de uma peça jornalística para tv; bons conhecimentos de informática na óptica do utilizador (nomeadamente pesquisa Web); capacidade para trabalhar sob stress; (ainda nem começou e só de ler o anúncio já está sobre stress) grande sentido de responsabilidade (esta tem piada. Sentido de responsabilidade? Mas alguém com sentido de responsabilidade responde a anúncio de emprego destes?não pensem que não sei a falta de emprego que existe em Portugal, mas está na hora de estabelecer limites) Dá-se preferência a quem tiver carta de condução de ligeiros e veículo próprio (como se não bastasse os recibos verdes, a disponibilidade total, a experiência, a resistência ao stress, o sentido de responsabilidade e o coitado do candidato ainda tem de usar o seu carrinho? Se o tiver, claro)
E por aqui me fico, porque o país continua sem destino, mas cada vez mais verde, verde. Essa praga verde a que alguém um dia chamou recibo.

Nevoeiro em Inglaterra só depois dos 18! E em Portugal?

Os céus de Inglaterra desde há muito que são conhecidos pelo nevoeiro que, já de um modo tradicional, cobre o país e, em particular, a sua capital, Londres. Desde o dia 1 de Julho entrou em vigor, porém, uma norma que ajuda a dissipar o nevoeiro. A proibição de fumar em espaços públicos. Sejam eles de que natureza for. Divertimento, trabalho, desporto, etc. Não há excepções. O fumo acabou-se nos pubs. Ouviu-se alguma contestação, mas a verdade é que poucos meses após a entrada em vigor, pode dizer-se que a regra é cumprida pelos cidadãos. Mas as medidas do Governo inglês não ficaram por aqui e eis que surge uma nova proibição: a venda de tabaco só pode ser feita a maiores de 18 anos. A Inglaterra mais não fez do que seguir os passos de outros países na Europa ou no Mundo, como a Irlanda, Noruega, Espanha ou Estados Unidos, para citar apenas quatro.
Mas, claro, há países, perdão repúblicas bananeiras onde estas medidas são vistas como muito positivas...lá longe. Porque na nossa república bananeira é óbvio que isso não iria acontecer. Quiçá em 2011 quando o salário mínimo atingir os 500 euros. (No Chipre - essa potência europeia o salário já há muito ultrapassou essa barreira (610 euros actualmente). Mas voltando aos fumos a legislação portuguesa vai entrar em vigor no próximo ano...diz-se. Depois de um ping-pong entre o hemiciclo e as secretárias dos partidos eis que mais de 200 deputados aprovaram uma palhaçada. O lobbie na noite foi superior (aposto que o Santana deu uma força) e ficará ao critério do proprietário do estabelecimento a proibição ou aceitação do fumo do tabaco. Porque perderam os senhores de fato -de ordenados chorudos e que me vão ao bolso todos os meses - tanto tempo a discutir este assunto. Deixar ao critério é o mesmo que dizer: fume-se! Mate-se à vontade que o governo apoia.
Pior do que isso é o dinheiro que esbanjam em campanhas publicitárias de sensibilização para que os portugueses deixem de fumar. Será que alguém vai pensar duas vezes em apagar um cigarro se vir um anúncio na tv ou se vir que lhe vão ao bolso. Em Inglaterra um cigarro pode valer até 50 libras (75euros). Pensam que alguém arrisca? Claro que não. Mais ninguém se importa. Porque quem quer fumar sai dos pubs ou faz uma pausa no trabalho e vai à fumar. É assim em Inglaterra, já há bastante tempo que é assim na Irlanda. Desde 2003. http://www.elmundo.es/elmundosalud/2004/03/29/industria/1080551290.html Em Nova Iorque, desde 2002 que isso acontecia. Na Califórnia também. Senhores governantes e deputados se querem DE FACTO reduzir a dependência de milhares de portugueses e cuidar da saúde pública do país sigam os vossos parceiros europeus que tanto gostam de imitar quando se trata de aumentar a carga tributária. Chega de nos atirar areia para os olhos ou como se adequa neste caso. Chega de nos atirar fumo para os olhos! Portugal parece mesmo um país onde o nome do barco abaixo assenta que nem uma luva...

Monday, 24 September 2007

De Lisboa a Évora são uns euros de distância...

A Câmara de Lisboa decidiu há poucos meses instalar vários radares de controlo de velocidade nas principais artérias da cidade. Até aqui tudo normal. O pior é que essa instalação foi feita sem qualquer critério. Perdão com um único critério! Gerar receitas para os depauperados cofres da autarquia lisboeta que como se sabe deve 1,4 mil milhões de euros a fornecedores e não só… http://sic.sapo.pt/online/noticias/pais/as+contas+da+Camara+de+Lisboa.htm
Como se explica a instalação destes radares na Avenida General Norton de Matos (Segunda Circular)? Estamos a falar de uma vida onde há peões a atravessar com regularidade? Não. É verdade que sim, existem alguns (poucos) malucos que o fazem. Eu próprio já constatei isso. Mas esta via tem passagens para peões? Tem semáforos? Tem cruzamento de vias? A resposta a tudo isto é não! E pior. Alguém me explica o motivo para reduzir a velocidade naquela via que já é das mais lentas do país? Sim é verdade que durante a noite a velocidade ali ultrapassa os limites, mas durante o dia é ridículo. A mobilidade na cidade já é reduzida e com medidas destas só piora.
Para além disso são ridículos os limites impostos em alguns locais como é o caso da Segunda Circular. 80 kmh? É para rir. Não estamos a falar de uma artéria no interior da cidade. Pior há quem defenda a sua redução para 50 ou 60 kmh. “O OSEC-Observatório de Segurança de Estradas e Cidades (integrado por representantes das forças de segurança, engenheiros e juristas) coordenou um relatório de peritagem em que defende que a Segunda Circular só é segura a uma velocidade máxima de 50 ou 60 quilómetros por hora.” In Expresso http://expresso.clix.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=ex.stories/122562 Eu tenho uma sugestão: considero que a medida adequada era mesmo fechar a segunda circular!!! Acabava-se de vez com o problema.
Bem mas a questão é que Lisboa pode ser apenas a ponta do icebergue. Porque na última sexta-feira ouvi o senhor José Ernesto, presidente da Câmara de Évora, afirmar que pretende seguir o exemplo de Lisboa e instalar radares de controlo de velocidade em algumas zonas perigosas da cidade. Para já será apenas instalado o controlo automático de velocidade, mas dentro de seis meses a medida será revista… Ou muito me engano ou vamos ter afirmações do tipo: “as medidas introduzidas não foram suficientes e blá, blá, venham os radares que precisamos de euros nas contas da autarquia.” Consta que até quem visitar o templo de Diana a correr terá problemas com as autoridades…
Infelizmente não ouvi ninguém dizer, nem em Lisboa, nem em Évora o que será feito com essas receitas? Melhorar as estradas? Apostar em campanhas de condução civilizada? Renovação e melhoria da sinalização das vias?

Thursday, 20 September 2007

Rendidos

Sendo o povo inglês tradicionalmente arrogante foi lindo ver como um português usou a sua imaginada arrogância para os dominar. José Mourinho deixou os ingleses rendidos. Bem como ele gosta. Na hora da saída o treinador português foi elogiado por praticamente toda a gente e até o PM inglês Gordon Brown o elogiou, ressalvando o trabalho que efectuou em nome do futebol inglês. O russo Abramovich é que vai ficar sem dormir durante muitas noites não tenho dúvidas. Quanto ao Mourinho parece-me que já deve andar a ver casas em..Espanha..Barcelona, provalvemente, se bem que o Real também o deseja.. Em três anos em Inglaterra Mourinho ganhou muitos títulos - faltou-lhe a Liga dos Campeões - e quebrou muitos recordes. Da sua passagem pelo Reino Unido ficam também grandes afirmações ao seu estilo: «Arrogante? Sou campeão da Europa e acho que sou especial.» Junho de 2004 «Se me derem quatro anos, prometo que ganhamos o título» 5 Junho de 2004 (enganou-se pq só precisou de um ano) «Eu não sou estúpido. Eu quero ganhar jogos com a minha equipa a praticar um bom futebol, mas o mais importante é ganha. Acho que as pessoas deviam perguntar-se por que é que o futebol inglês não tem sucesso no estrangeiro. Por que razão as equipas de Espanha, Itália e Portugal ganham provas da UEFA e as equipa inglesas não? Tudo aqui é fantástico, têm fantásticos jogadores, mas o Manchester foi a última equipa a ganhar alguma coisa em 1999.» Agosto 2004 «Como dizemos em Portugal, eles (Tottenham) trouxeram o autocarro e estacionaram-no em frente da nossa baliza. Ficaria frustrado se fosse adepto e tivesse pago 50 libras para ver este jogo. Eles caíam como se tivessem morrido aos cinco minutos de cada vez e demoravam mais cinco minutos quando faziam uma substituição.» Setembro 2004 «Há adeptos que gostam de mim e outros que não gostam de mim. É uma situação normal. Não vamos fazer disso um caso» Setembro de 2004, depois de ter sido cuspido no Chelsea-F.C. Porto (mal agradecidos os adeptos do FC Porto) «É mais difícil em Inglaterra. Nas duas épocas no F.C. Porto, quando ganhámos o campeonato duas vezes, era bastante fácil ganhar a liga." Novembro 2004 «5-4 é um resultado de hóquei, não um resultado de futebol. Num treino de três-contra-três, se o resultado chega a um 5-4 eu mando imediatamente os jogadores para os balneários porque é a prova que não estão a defender bem. Por isso chegar a um resultado desses num jogo de onze-contra-onze é apenas uma desgraça». Novembro 2004, comentando o resultado do Arsenal-Tottenham «O Sir Alex foi mesmo esperto, se assim se pode dizer, ao intervalo, ao colocar alguma pressão no árbitro. Na segunda parte foi apitar e apitar, falta e falta, batota e batota» Janeiro de 2005, depois do jogo com o ManUtd E esta uma das minhas preferidas: «Isto não é nada contra Sir Alex Ferguson. Na quarta-feira, depois do jogo estivemos juntos no meu gabinete a falar e a beber vinho. Infelizmente era uma garrafa de vinho muito mau. Quando for a Old Trafford jogar a segunda mão, no dia do meu aniversário, vou levar uma bela garrafa de vinho português» Janeiro 2005 FUTURO - dizia Mourinho em 2005, será que ainda pensa assim? «Depois do Chelsea quero trabalhar em Itália. É um futebol que não está a viver um bom momento, mas para um treinador é fantástico, porque é o futebol táctico na sua mais pura realidade. E gostava de treinar a selecção portuguesa. Para muitos a selecção é um trampolim, porque é a maneira de se dar a conhecer ao mundo. Eu não preciso, porque eu sou um treinador do mundo, mas seria a melhor maneira de encerrar da carreira. Gostava de conseguir para Portugal inteiro o que consegui com o Porto» Janeiro de 2005 «Sou muito mais do Barça do que muitos daqui, pessoas que às vezes querem que perca. Sofri muito nestes anos em que não ganharam títulos.» Fevereiro 2005 «A única coisa que é compulsiva em mim, é vir a ser seleccionador português. A minha ideia é trabalhar durante mais 13 anos. Por isso, se dedicar quatro deles à Selecção Nacional, ainda terei nove anos de futebol inglês pela frente.» Março 2005 «Tudo o que precisamos é de um grupo forte de jogadores e não de uma estrela de Hollywood. Mas que diabo são os galácticos? A imagem deles vem da sua vida social e a fama como jogadores acaba por ser um acréscimo. Desconfio desse tipo de galácticos. A minha dúvida não diz respeito às suas qualidades como futebolistas, mas ao facto de o ambiente que os rodeia poder vir a influenciar as suas exibições. Prefiro jogadores como o Drogba ou o Paulo Ferreira. Tenho um carro caro, mas não faço colecção. Não sou o tipo de pessoa que gosta de ter dez carros» Janeiro de 2005 ARRASADOR «A história de Frank Rijkaard como jogador não pode ser comparada à minha. A história dele é fantástica, a minha é zero. A minha história como treinador não pode ser comparada à de Frank Rijkaard, porque ele tem zero títulos e eu conquistei uma série deles.» Fevereiro de 2005 «Agora, em Portugal, os adeptos do Benfica e do Sporting gostam muito de mim. Sabem porquê? Porque como me fui embora finalmente têm hipótese de ganhar o campeonato» Abril 2005 «Disse que era especial porque tinha acabado de ser campeão e cheguei aqui com o ego no topo. Agora? Está ainda maior!» Abril 2005 «O Liverpool marcou, se assim se pode dizer, porque talvez deva dizer-se que o fiscal-de-linha marcou» Maio 2005 «Alguns clubes são tratados como demónios, outros são tratados como anjos. Não acho que sejamos tão feios que devamos ser tratados como demónios, nem acho que Arsene Wenger e David Dein sejam tão bonitos que devam ser tratados como anjos». Julho 2005 «Ele (Ricardo Carvalho) disse que não me compreendia e eu respondi que ele devia ter algum problema e tinha de fazer um teste de QI». Agosto 2005 «É o Mundo contra o Chelsea. Só estarão pelo Chelsea os meus jogadores, pessoas de Kings Road e de Fulham Road, e 50 mil habitantes da minha terra natal, Setúbal. É o Mundo contra nós.» Setembro 2005, antes do jogo com o Liverpool para a Champions «Eles têm tantos penalties durante a época que precisam de fazer qualquer coisa diferente...» Outubro de 2005, sobre a forma como Pires tentou marcar um penalty «Um dia, quando perdermos será feriado nacional. Mas estamos preparados para isso.» Outubro de 2005 «Pressão, para mim, é a gripe das aves. Sinto enorme pressão com o problema na Escócia. Não tem piada e tenho mais medo disso do que de futebol» Maio 2006 «Já não podemos (ir ao mercado). O cobertor é curto, mas não posso comprar um maior porque o supermercado fechou. De qualquer forma, estou contente porque o cobertor é de caxemira. Não é um cobertor qualquer» Fevereiro 2007 «Sim, acho que sou um grande treinador. Não há muitos que tenham feito o que eu fiz. Não digo que sou o melhor: acho que isso não existe. O que fiz em Portugal foi único. Ninguém fez o que o que eu fiz na história do futebol português, por isso sou o melhor na história do meu país. Acho que é suficiente. Portugal não é o terceiro Mundo. Por isso o que fiz lá é suficientemente bom», Fevereiro 2007 «O Jorge Costa foi inteligente. Tem de continuar o seu trabalho e não ligar a pessoas como o Jaime Pacheco que só tem um neurónio e mesmo esse trabalha mal» Fevereiro 2007 «Não percebo isso de coser os lábios, por que é que havia de me calar?», Março 2007 E as datas principais de Mourinho José Mourinho foi anunciado como treinador do Chelsea a 2 de Junho de 2004, pouco tempo depois de conquistar a Liga dos Campeões no banco do F.C. Porto. Ao longo de pouco mais de três anos, venceu duas Ligas inglesas, duas Taças da Liga e uma Taça de Inglaterra: 2 de Julho de 2004: Chelsea anuncia Mourinho como treinador 27 de Fevereiro de 2005: Vence o seu primeiro título em Inglaterra, a Taça da Liga, batendo o Liverpool (3-2) 30 de Abril de 2005: Vence o Bolton (2-0) e confirma a conquista do título da Liga inglesa 4 de Maio de 2005: Renova contrato com o Chelsea por cinco anos 29 de Abril de 2006: Vence Man. United (3-0) e confirma a reconquista da Liga inglesa 27 de Fevereiro de 2007: Vence Arsenal (2-1) e conquista nova Taça da Liga 19 de Maio de 2007: Arrecada a Taça de Inglaterra ao vencer o Man. United (1-0) 19 de Setembro de 2007: Chega a acordo com o Chelsea para abandonar Stamford Bridge Resta só dizer que a fonte deste resumo de frases foi do maisfutebol. Aqui: http://www.maisfutebol.iol.pt/noticia.php?div_id=1502&id=856432 http://www.maisfutebol.iol.pt/noticia.php?div_id=1502&id=856428 http://www.maisfutebol.iol.pt/noticia.php?div_id=1502&id=856282

Sunday, 16 September 2007

Jornalismo onde estás?

Maddie McCann "desapareceu" em Maio na Praia da Luz, em Lagos. Desde aí não há dia em que não tenhamos que levar com uma enxurrada de notícias. Perdão "pseudonotícias" sobre este caso. Todos concordamos que o desaparecimento, ou pior, da criança britânica é preocupante, mas daí a que um simples caso se sobreponha aos restantes assuntos é demais. Os media ingleses começaram, mas a comunicação social portuguesa correu logo atrás. É inadmissível que após cinco meses do desaparecimento de Maddie o assunto continue a ser o tópico de abertura dos telejornais ou de manchetes na imprensa escrita. Se se compreende que assim seja quando há dados novos e relevantes - como a constituição dos pais como arguidos - há que de uma vez por todas sublinhar que 90 por cento do que foi dito até ao momento pelos jornalistas foi fruto de fontes deturpadas, fontes inventadas ou criado pela imaginação de cada um, para alimentar o assunto até - se possível - ao infinito. De acordo com a edição do JN de hoje ( http://jn.sapo.pt/2007/09/16/televisao/pode_o_caso_maddie_visto_como_constr.html) "o caso Maddie" lidera nas estações portuguesas este ano. Foi alvo de 1080 peças que duraram 54 horas. Em segundo lugar, segundo a Mediamonitor, ficam as eleições Intercalares em Lisboa (531 notícias, 23 horas), sucedendo-se a gripe das aves e o escândalo Casa Pia. Na última semana (de 6 a 11), os telejornais dedicaram-lhe 30% do seu tempo. A SIC foi a que mais notícias emitiu. Sem colocar em causa - de modo algum - a gravidade do desaparecimento de uma pessoa, em particular de uma criança, a verdade é que se os media se comportassem da mesma forma para todos os desaparecimentos teríamos um grave problema para resolver. É que segundo os últimos números Mais de 1,2 milhões de crianças são anualmente vítimas de tráfico humano. Em Portugal há pelo menos 8 menores cujo paradeiro é desconhecido. Se cada um destes casos ocupasse 54 horas - como o caso Maddie ocupou - então teríamos qualquer coisa como 432 horas de cobertura televisiva. Que o jornalismo já foi uma causa nobre, informou, educou os cidadãos em alturas muito complicadas e ajudou a ultrapassar barreiras e quebrar censuras, é agora indisfarçável que isso são águas passadas. A partir do momento em que é a Prisa, a Media capital, a cofina ou o Joaquim oliveira a ditarem as regras. Perdão a regra (leia-se dinheiro) o jornalismo não pode resistir. A investigação morreu, a reportagem definhou, o espírito crítico foi comprado pelo poder económico dos senhores/ empresas atrás referidos e a censura está aí. Nem precisa de se esconder por detrás do biombo, porque este governo (português) também estende a mão para ajudar. O novo estatuto dos jornalistas (http://www.portugal.gov.pt/NR/rdonlyres/973C87CD-4759-4A3F-8697-D9A20F01BB38/0/Prop_Estatuto_Jornalista.pdf)- que o PR - rejeitou à primeira (http://csocial.wordpress.com/2007/08/03/cavaco-silva-veta-novo-estatuto-do-jornalista/) acentua ainda mais o que acabei de dizer. Se for mesmo aprovado tornar-se-á no apocalipse do jornalismo português. Mas sobre assunto falarei mais tarde.

Thursday, 9 August 2007

Saudade

Sinto saudade do sol Sinto saudade da praia Sinto saudade do mar Sinto saudade do peixe Sinto saudade da comida alentejana Sinto saudade da fruta fresca Sinto saudade do sotaque alentejano Sinto saudade das planícies do Alentejo Sinto saudade de ver os velhos no banco do jardim Sinto saudade de ver os velhos no branco da praça Sinto saudade das esplanadas Sinto saudade das conversas nos bares Sinto saudade das minis Sinto saudade da família Sinto saudade de alguns amigos Sinto saudade de conduzir Sinto saudade de jogar à bola Sinto saudade de jogar ténis Sinto saudade de pedalar Sinto saudade do campo da bola Sinto saudade de rir à gargalhada Sinto saudade de me embebedar com os amigos Sinto saudade de ouvir falar português Sinto saudade do campo Sinto saudade das barragens Sinto saudade do calor tórrido do Alentejo Sinto saudade dos bailes Sinto saudade dos discos Sinto saudade dos microfones Sinto saudade da minha música Sinto saudade da rádio Sinto saudade do jornalismo Sinto saudade de sonhar Sinto saudade de viver Sinto saudade de mim Sinto saudade de ti Sinto saudade de casa Sinto saudade da minha terra Sinto saudade de Portugal Ai que saudade… Porque sinto saudade? Porque estou longe!